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Mostrando postagens de dezembro 16, 2020

Lua Pálida - Creepypasta

  Na última década, tornou-se muito fácil conseguir o que se quer, através de só alguns cliques. A internet fez tudo simples demais, e qualquer um pode usar um computador e alterar a realidade. Uma abundância de informação está meramente a um clique de distância, ao ponto em que é impossível imaginar a vida sendo diferente. Ainda assim, uma geração atrás, quando as palavras “streaming”(fluxo) ou “torrent”(torrente) não tinha sentido, a não ser que fossem ditas em uma conversa sobre água, as pessoas precisavam se encontrar cara a cara para trocar softwares, programas, jogos de cartas e cartuchos. É claro que a maioria desses encontros eram entre grupos de pessoas que trocavam jogos populares entre si como King’s Quest ou Maniac Mansion. Entretanto, pouquíssimos programadores conseguiam fazer seus próprios jogos para dividir entre esses círculos, que em troca passariam o jogo adiante se fosse divertido, bem desenhado e independente o suficiente. Esses jogos tinham fama de serem raros art

O Gato Preto - Conto Edgar Allan Poe

  O Gato Preto Não espero nem peço que acreditem nesta história sumamente extraordinária e, no entanto, bastante doméstica que vou narrar. Louco seria eu se esperasse tal coisa, tratando-se de um caso que os meus próprios sentidos se negam a aceitar. Não obstante, não estou louco e, com toda a certeza, não sonho. Mas amanhã posso morrer e, por isso, gostaria, hoje, de aliviar o meu espírito. Meu propósito imediato é apresentar ao mundo, clara e sucintamente, mas sem comentários, uma série de simples acontecimentos domésticos. Devido a suas conseqüências, tais acontecimentos me aterrorizaram, torturaram e destruíram. No entanto, não tentarei esclarecê-los. Em mim, quase não produziram outra coisa senão horror – mas, em muitas pessoas, talvez lhes pareçam menos terríveis que grotescos. Talvez, mais tarde, haja alguma inteligência que reduza o meu fantasma a algo comum – uma inteligência mais serena, mais lógica e muito menos excitável do que a minha, que perceba, nas circunstâncias a que

Doenças Femininas peculiares da Era Vitoriana

 Se uma mulher lutasse pelo direito de votar, era internada no manicómio como louca Útero errante Cada vez que uma mulher se queixava de vertigens, dores de cabeça ou joelhos, era certo e sabido que saía do consultório com um terrível diagnóstico: deslocamento interno do útero. A doença provocava também sonolência, arritmias e até a morte, diziam os médicos do século XIX. Mas havia solução: colocar sais aromáticos na vagina era uma boa alternativa. Mas a mais eficaz era apenas uma: engravidar. Vapores femininos Desmaiou de repente? Está com vapores femininos. O seu sentido de humor tem variado muito? Está com vapores femininos. A menstruação está a bater à porta e tem dores? Vapores femininos, com certeza. Os médicos diagnosticavam os “vapores femininos” para todos estes problemas. Na dúvida, se uma mulher não estivesse em pleno, estava com os vapores. E isso englobava até aquelas que no século XIX lutavam pelo direito de votar. Eram vistas como doentes mentais que precisavam dar muito